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Semana 36 sem Elis - Elis vive



Que Elis se foi, isso é fato. Em janeiro de 1982 encerrou-se uma das mais belas trajetórias da música brasileira. Mas o fato de se dar por encerrada a vida de Elis não significa que toda a história da pimentinha tenha ficado para trás, assim como aconteceu com outros grandes nomes que, com o tempo, caíram no ostracismo. 
Diferentemente destes, a marca de Elis continua atual e viva até hoje. Graças à um público fiel e uma mídia que faz questão de valorizar sua obra, Elis não será esquecida tão cedo.  
Coleção de CDs lançado pela livraria da Folha. sucesso de vendas.

Depois de seu falecimento, foram lançadas inúmeras homenagens à Elis.  Como diz o ditado: “Depois de morto as pessoas valem mais”. Com Elis não foi diferente. Se antes a pimentinha já era uma das mais amadas e respeitadas artistas do país, agora, tornou-se uma lenda, um deus da música. Seus discos tiveram um grande crescimentos nas vendas e colecionadores e admiradores de seus trabalhos começaram a surgir.
após sua morte, foram lançados alguns discos póstumos da cantora, todos gravados em ocasiões e espetáculos diferentes.
 LP gravado em Londres
disco gravado em um dos últimos shows da turnê "O Trem Azul"

disco gravado no Jazz Festival Montreux

Desde sua morte, é perceptível o tamanho esforço da mídia para manter o nome e a memória de Elis vivos. 
Show "Elis por eles", espetáculo onde grandes cantores brasileiros interpretavam as canções que fez sucesso na voz de Elis. Mais tarde, seria lançado um DVD com a gravação completa do espetáculo.

Dvd "Elis por Eles"
Caixa lançado em 2007, contendo um DVD com entrevistas e apresentações da cantora, além de recortes de jornais da época, pôsteres e fotos da intérprete.



Box de DVDs lançado em 2007, contendo 3 DVDs: "Falso Brilhante", Doce de pimenta" e "Na batucada da vida". Toda obra áudio visual destes DVDs foram retirados de especiais de TV estrelados por Elis.

Em 1982, por exemplo, no mesmo ano da morte de Elis, a Rede Globo lançou o “Elis Regina Especial” em memória à cantora. No ano seguinte, em 83, a emissora carioca lançou o especial “Agora eu sou uma estrela”, em homenagem a 1 ano de sua morte. O programa mostrou algumas entrevistas com Elis, depoimentos de amigos e ao final do programa, a missa de 7° dia de seu falecimento.
 
No mesmo ano foi lançado a " I Semana Elis Regina", no Centro cultural de São Paulo. Em dos principais pontos culturais de São Paulo, artistas de todo o Brasil se uniram para exibir suas obras em homenagem à artista.
Arte criada por Elifas Andreato para a I Semana Elis Regina.

 além desses especiais de TV já citados, programas como “Som Brasil” e “Por toda minha vida” já ganharam edições que homenageavam a intérprete.

Ainda na área televisiva, a Rede Globo está organizando, para 2019, uma minissérie que pretende contar toda a trajetória da cantora, de seu começo em Porto Alegre até sua ascensão os palcos, passando por todas as fases de sua vida: As polêmicas,os relacionamentos destrutivos, a participação na criação dos filhos, e, por fim, sua morte. A minissérie ainda não tem data de lançamento.

Além da oitava arte, Elis também já foi homenageada no cinema, e no teatro. Lançada em 2013, a peça "Elis, a musical", estrelado por Laila Garin, contava toda a trajetória de Elis, desde o Inicio nas rádios gaúchas até seu último espetáculo, O Trem azul.
Na imagem, a peça mostra uma das partes do show "Falso Brilhante", espetáculo de maior sucesso de Elis.

Em 2016, foi lançado o longa-metragem “Elis”, que contava a história da menina gaúcha, desde de sua chegada no Rio até seu falecimento.
No filme, a interpretação de Andréia Horta, junto com uma caracterização incrível, ganha destaque.

O filme, que foi um sucesso de público, foi um dos escolhidos pelo ministério da cultura, para concorrer vaga no Oscar, além de ganhar prêmios em festivais nacionais de cinema.

Outro projeto em memória de Elis foi o “Viva Elis”, promovido pelo Nivea. A empresa de produtos de higiene e cosméticos, organizou uma série de homenagens em tributo à Elis. 


No projeto, arquitetado João Marcelo Bôscoli junto com toda a direção de marketing da Nivea, foi organizado uma série de shows com Maria Rita (filha de Elis) cantando os sucessos da mãe, além de uma exposição e o lançamento de uma biografia. O show e a exposição tiveram boa recepção e um bom público, o livro foi um sucesso de vendas.

 Maria Rita em uma das apresentações do Viva Elis.
 Exposição, que fez parte do projeto da Nivea.
 Parte da exposição "Viva Elis". Na foto, podemos ver uma remontagem do vestido usado por Elis no show "Falso Brilhante".
 Parte da exposição organizada pela Nivea. Na imagem, podemos ver um dos looks que Elis usava nos shows da turnê "Falso Brilhante". O vestido foi inspirado no visual usado por Carmem Miranda. 

Biografia "Viva Elis", lançada junto ao projeto da Nivea.


Vale lembrar também que essa não foi a única biografia de Elis. Antes, seus fãs foram contemplados com obras como "Furacão Elis", "Elis por Ela mesma" e "Elis: uma biografia musical". A última biografia, "Nada será como antes", escrita pelo jornalista João Maria, Foi um sucesso de vendas.

Biografia escrita por Arthur de Faria, lançada em 2015

biografia escrita por Regina Echeverria, grande fã e pesquisadora da obra de Elis e de seu legado cultural.


considerada uma das mais completas biografias já lançadas no país, "Nada será como antes" tornou-se um sucesso de vendas e crítica.

Em 2015, a escola de samba paulista Vai-Vai teve a feliz ideia de usar a vida e a obra de Elis como samba-enredo para o desfile das escolas de samba de 2015, no Anhembi. A escola foi a campeã na contagem dos votos, e o desfile foi bem recebido pela crítica.


A obra de Elis, não morreu e nunca morrerá, sempre haverá alguém pra contar sobre Elis, cantar sua obra e recontar sua vida. Sua voz, seu nome e sua marca vêm atravessando gerações desde sua morte. É sempre importante mostrarmos às gerações mais novas quem foi Elis e o tamanho de sua importância e de sua contribuição à música brasileira. A maior intérprete que o país já viu, agora vive nas telas, nos palcos, nas TVS, nos lares. Ela brilhou, brilha e brilhará sempre, como uma estrela. Agora ela é uma estrela. 
Elis vive. Viva, Elis!


Comentários

  1. AMEI A SUA INICIATIVA, SÓ NÃO CONCORDO EM COMPARAR MARIA RITA "A MÃE PORQUE ELAS SÃO SIMPLESMENTE ÁGUA E VINHO. MAS VALEU, E AGRADEÇO A OPORTUNIDADE QUE DEU A NÓS, FÃS DESSA INEQUECÍVEL " ELIS REGINA" UM ABRAÇO
    ZAZINHA
    .

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