Do sucesso pop à caretice atual, Mara Maravilha é mais um exemplo de decadência beirando o ostracismo

Atualmente no comando do "Fofocalizando" do SBT e colecionando cada vez mais polêmicas, Quem vê Eliemary Silva da Silveira, a Mara Maravilha, na TV hoje, não imagina (ou dificilmente se recorda) que aquela senhora de opiniões polêmicas e controversas há algumas décadas já foi uma artista de enorme valor e competência, tanto na TV quanto na música. 

A vida de Mara não foi fácil. Até chegar em seu auge nos anos 90, Mara lutou muito ao lado de sua mãe, Marileide, que apostando tudo no sonho da filha, abandonou a Bahia pra seguir com Mara até São Paulo em busca de reconhecimento. Foi em em Sampa que Mara conheceu Silvio Santos, que aprovou a simpatia da baiana e a lançou na TV como jurada e repórter em alguns programas da casa. O ápice de seu sucesso veio em 1987 quando, Aproveitando a onda dos programas infantis apresentados por jovens apresentadoras infantis, Foi lançado nas tardes do SBT o "Show Maravilha", no comando de Mara.

Aproveitando o espaço e a visibilidade que tinha TV, Mara lançou e vendeu discos seculares com canções que investiam nos mais diversos públicos: Para o público infantil, canções alegres e letras festivas como "Vem brincar comigo", "convidado especial" e "Brincar". Para o público Juvenil, Mara gravou canções enégicas com mensagens positivas, como "Deixa a Vida Rolar", "Não faz mal", "Liga Pra Mim" e importante é ser feliz". Em seus álbuns, Mara conseguia até mesmo agradar o público adulto, gravando canções românticas e envolventes como "Outra Vez", "Não tem jeito" e "Menino de Brinco", músicas que embalaram os mais diversos corações apaixonados nos anos 90. Mara conseguia, com sucesso, revezar-se entre os públicos mais distintos sem perder o estilo. 

Usando sua "baianidade" e aproveitando o sucesso que estilo fazia na época, Mara se jogou no axé, e fez parcerias com grupos como o Olodum (na regravação do clássico "Jesus Cristo" de Roberto Carlos) e Banda Mel (Na gravação de canções como "Tomara", "swing Maravilha" e "Não pode parar"). Mara também se aventurou no Rock e chegou a regravar o clássico "Esse tal de Rock N Roll", de Rita Lee. Até em índia Mara se transformou, para a divulgação do álbum"Curumim", lançado em 1991 com um single em homenagem aos nativos brasileiros.

Embarcando no sucesso de Xuxa lá fora, Mara também chegou a se lançar internacionalmente, quando em 1994 saiu do país para apresentar o "Show Mara Maravilha" em um canal local da Argentina.

Todos apostavam no sucesso e no crescimento de Mara, mas fora do Brasil a apresentadora perdeu seu espaço na TV e nas paradas de sucesso do país. Enquanto suas rivais conquistavam cada vez mais espaço na mídia, Mara (mesmo lá fora) colecionava polêmicas por aqui.

Contrapondo-se àquela imagem de uma mulher ousada, sensual e moderna que Mara passava no início da carreira, em 1996 Mara converteu-se na igreja evangélica e tentou ajustar sua imagem a tal feito, tentando seguir uma vida mais regrada e comportada. Com o tempo, Mara encaretou-se do pior modo e afastou-se pouco a pouco do seu público mais fiel, assim, praticamente enterrando de vez sua carreira como artista secular na música Pop nacional e na TV.

A partir daí, Infelizmente Mara tem descido cada vez mais o nível. Tentou, sem sucesso, emplacar programas na Rede Record e depois disso, por muito tempo manteu-se longe da mídia. Em 2015  participou do Reality Show "A Fazenda", se mostrando uma pessoa totalmente desequilibrada, sem controle e impulsiva dentro da casa. Fora do Reality e de volta aos holofotes, no ano seguinte Mara assinou com o SBT e hoje segue na apresentação do degradante "Fofocalizando" onde divide, em total desordem, o comando do programa com outros 5 apresentadores. 

Em pleno 2018, é uma pena que um talento como Mara, mesmo com espaço dentro e fora da TV, tente ganhar visibilidade apenas criando polêmicas e plantando a discórdia e o conflito com afirmações preconceituosas, irracionais e até mesmo machistas. É lastimável que Mara não saiba usufruir de seu talento impecável para conquistar novos públicos, e se submeta à cultivar o desentendimento em um programa de baixo nível apenas para conseguir ainda manter os holofotes por perto e não cair no total esquecimento, vivendo assim, apenas de polêmicas. É um ultraje ver alguém que tenha tanto a oferecer como Mara, se rebaixando à tão pouco. e o pior, por opção da mesma. Mara é só mais um exemplo de como a falta de assessoria e de cuidado com uma reputação podem enterrar de vez uma carreira destinado ao sucesso. R.I.P Mara.